quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Republica Brasileira (1961-1964) - Larissa

           O governo de Jânio Quadros representou grandes partidos diferentes, com destaque a UDN. Em seu discurso de posse deu ênfase a ineficiência governamental e a crise financeira, pode se considerar que Jânio Quadros era um líder carismático das massas. Em suas campanhas prometia “varrer” a corrupção do Brasil.
            Para superar o problema da inflação e os déficits em maio e junho de 1961 anunciou que havia conseguido empréstimo, durante seu mandato foi proibido o uso de lança-perfumes no carnaval, biquínis nas praias e brigas de galo. Uma série de reformas foram feitas, entre as quais se destacava uma radical reforma agrária que afetou interesses estrangeiros em Cuba. Quando assumiu a presidência Jânio elaborou com o ministro das Relações Exteriores uma “política externas independente” que significava o não reconhecimento das “fronteiras ideológicas”, politica que visava abrir novos mercados para nossos produtos nos países socialistas. Porém um grande alvoroço tomou conta do governo quando ele decidiu condecorar o líder revolucionário cubano Che Guevara, considerando assim um claro alinhamento com o bloco socialista o que causou grandes críticas ao seu governo. Dias depois anunciava sua renuncia dizendo “forças terríveis” tramavam contra seu mandato. A renúncia está associada á frustração de tais intenções. Jânio sucedera Juscelino Kubitschek, mas neste período havia um grande crescimento graças a politica econômica desenvolvimentista, esse crescimento ocasionou efeitos negativos, por exemplo, um grave processo inflacionário e mais concentração setorial, social e regional. O crescimento econômico estava também associado a gastos não plenamente justificados.
Um trecho da carta-renuncia de Jânio Quadros
“Desejei um Brasil para brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia... Saio com um grande agradecimento, um apelo. Um agradecimento que é aos companheiros que, comigo lutaram“.
Na qualidade de presidente da Câmara dos Deputados, conforme previa a Constituição vigente, Ranieri Mazzilli assumiu a presidência da República em 25 de agosto de 1961, em virtude da renúncia de Jânio Quadros e da ausência do vice-presidente João Goulart, que se encontrava em missão na China. Nessa ocasião, os ministros militares do governo Jânio - general Odílio Denys, da Guerra; brigadeiro Grün Moss, da Aeronáutica; e almirante Sílvio Heck, da Marinha - formaram uma junta militar que tentou impedir, sem sucesso, a posse de João Goulart, abrindo-se uma grave crise político-militar no país. A solução para o impasse foi à aprovação pelo Congresso, em dois de setembro, de uma emenda à Carta de 1946, instaurando o regime parlamentarista de governo. João Goulart assumiu, então, a presidência em sete de setembro de 1961.
            Em dois de abril de 1964, o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu mais uma vez, a presidência da República, por ocasião do golpe político-militar que depôs o presidente João Goulart. Apesar disso, o poder de fato passou a ser exercido por uma junta, autodenominada Comando Supremo da Revolução, composta pelo general Artur da Costa e Silva, almirante Augusto Rademaker Grünewald e o brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo. O regime instaurado com o golpe de 1964 apresentava-se como uma intervenção militar de caráter provisório, que pretendia reinstaurar a ordem social e retomar o crescimento econômico, contendo o avanço do comunismo e da corrupção.
Após a renúncia de Jânio Quadros, os militares tentaram vetar a chegada do vice-presidente João Goulart ao posto presidencial. Tendo sérias desconfianças sobre a trajetória política de Jango, alguns membros das Forças Armadas alegavam que a passagem do cargo colocava em risco a segurança nacional. De fato, vários grupos políticos conservadores associavam o então vice-presidente à ameaçadora hipótese de instalação do comunismo no Brasil.

            Com isso, diversas autoridades militares ofereceram uma carta ao Congresso Nacional reivindicando a extensão do mandato de Ranieiri Mazzilli, presidente da Câmara que assumiu o poder enquanto Jango estava em viagem à China. Inicialmente, esses militares se manifestavam a favor da realização de novas eleições para que a possibilidade de ascensão de Jango fosse completamente vetada. No entanto, outros políticos e militares, como o Marechal Lott, eram a favor do cumprimento das regras políticas.

            Foi nesse contexto que várias figuras políticas da época organizaram a chamada “Campanha da Legalidade”, em que utilizavam os meios de comunicação para obter apoio à posse de João Goulart. Entre outros políticos destacamos Leonel Brizola, cunhado do vice-presidente, que participou efetivamente do movimento. Paralelamente, sabendo das pressões que o cercavam, Jango estendeu sua viagem realizando uma visita estratégica aos EUA, como sinal de sua proximidade ao bloco capitalista.

            Com a possibilidade do golpe militar enfraquecida por essas duas ações, o Congresso Nacional aprovou arbitrariamente a mudança do regime político nacional para o parlamentarismo. Dessa maneira, os conservadores buscavam limitar significativamente as ações do Poder Executivo e, consequentemente, diminuir os poderes dados para Jango. Foi dessa forma que, em 7 de setembro de 1961, João Goulart assumiu a vaga deixada por Jânio Quadros.

            A instalação do parlamentarismo fez com que João Goulart não tivesse meios para aprovar suas propostas políticas. Mesmo assim, elaborou um plano de governo voltado para três pontos fundamentais: o desenvolvimento econômico, o combate à inflação e a diminuição do déficit público. No entanto, o regime parlamentarista impedia que as questões nacionais fossem resolvidas por meio de uma consistente coalizão política.

            O insucesso do parlamentarismo acabou forçando a antecipação do plebiscito que decidiria qual sistema político seria adotado no país. Em 1963, a população brasileira apoiou o retorno do sistema presidencialista, o que acabou dando maiores poderes para João Goulart. Com a volta do antigo sistema, João Goulart defendeu a realização de reformas que poderiam promover a distribuição de renda por meio das chamadas Reformas de Base.

            Em março de 1964, o presidente organizou um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), no qual defendeu a urgência dessas reformas políticas. Nesse evento, foi presenciada a manifestação de representações e movimentos populares que apoiavam incondicionalmente a proposta presidencial. Entre outras entidades aliadas de Jango, estavam a União Nacional dos Estudantes (UNE), as Ligas Camponesas (defensoras da Reforma Agrária) e o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).

            O conjunto de ações oferecidas por João Goulart desprestigiava claramente os interesses dos grandes proprietários, o grande empresariado e as classes médias. Com isso, membros das Forças Armadas, com o apoio das elites nacionais e o apoio estratégico norte-americano, começaram a arquitetar o golpe contra João Goulart. Ao mesmo tempo, os grupos conservadores realizaram um grande protesto público com a realização da “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.

            A tensão política causada por manifestações de caráter tão antagônico foi seguida pela rebelião de militares que apoiavam o golpe imediato. Sob a liderança do general Olympio de Mourão filho, tropas de Juiz de Fora (MG) marcharam para o Rio de Janeiro com o claro objetivo de realizar a deposição de Jango. Logo em seguida, outras unidades militares e os principais governadores estaduais do Brasil endossaram o golpe militar.

            Dessa maneira, o presidente voltou para o Rio Grande do Sul tentando mobilizar forças políticas que poderiam deter a ameaça golpista. Entretanto, a eficácia do plano engendrado pelos militares acabou aniquilando qualquer possibilidade de reação por parte de João Goulart. No dia 4 de abril de 1964, o Senado Federal anunciou a vacância do posto presidencial e a posse provisória de Rainieri Mazzilli como presidente da República. Foram dados os primeiros passos para a ditadura militar no Brasil.

7 comentários:

  1. Seu Trabalho esta otimo e bem coerente , de acordo com o que foi pedido , pude compriender que este tema : Republica Brasileira (1961 ate 1964 ) nesta época ocorreu , 2 grandes nomes que ficaram no poder 1° Foi Jânio que , adotou uma politica externa independente.
    2° Foi Ranieri Mazziele - Presidente da câmara dos deputados , que governou ate o regresso de João Goulart

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  2. Jânio Quadros, no seu período de governo, adotou uma política de não alinhamento com os EUA, ou seja, aproximou-se do bloco socialsta. Tentou uma política deflacionária, mas não teve o apoio do Congresso Nacional. Renuncia.
    No governo de Mazzilli há uma tentaiva de golpe de Estado que visava impedir a posse de Goulart, pois o vice estava ligado aos comunistas. A solução encontrada foi um parlamento, onde um primeiro-minitsro governasse, o que causou alguns problemas de autoridade, de governabilidade e instabilidade política.
    João Goulart assume e já enfrenta uma crise política seguida de um golpe militar, que com a resistencia frustada de seu governo, faz Mazzilli retomar o poder e instaurar o regime militar.

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  3. Jânio Quadros adotou a politica externa independente,herdou problemas econômicos ,tentou política deflacionária.O congresso nacional aprovou uma solução de compromissos.O governo seria exercido por um primeiro ministro.Problemas de autoridade de governabilidade e instabilidade.1963foi feito um plebiscito.Marinheiros fazem rebelião contra medidas disciplinares e ocupam o Sindicato dos metalurgico e foi instalado o regime militar no Brasil.

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  4. Em virtude do que foi mencionado neste período ocorreu dois grandes governos 1º Jânio Quadros - adotando uma política externa independente, ficando mais proximo do bloco socialista, tentou uma política deflacionária. 2º Ranieri Mazzilli assumiu a presidência 25/08/1961 - 07/09/1961, conforme a constituição, até o regresso de João Goulart

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  5. Seu trabalho esta muito bom e pudi conclui que nesse periodo teve dos importantes governos como de Jânio Quadros que adotou uma politica externa independente, aproximou-se dos blocos socialista entre outros fatores. Sua renuncia foi aceita pelo Congresso Nacional.
    Ranieri Mazzilli assumiu a presidencia como presidente da Camara dos Deputados.

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  6. neste periodo da historia do brasil as duas figuras mais impotantes são: Jânio Quadros que adotou uma politica interna independente.
    E o Ranieri Mazzilli que assumiu a presidencia ate o regresso de oão Goulart.

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